O câncer gastroesofágico abrange tumores que se desenvolvem no esôfago e no estômago, sendo um dos grandes desafios na oncologia por sua alta taxa de mortalidade e diagnóstico geralmente tardio. No Brasil, a estimativa do INCA é de 704 mil novos casos de câncer por ano entre 2023 e 2025, com destaque para os cânceres gastrointestinais, que incluem esôfago e estômago.
Entre as causas principais estão o consumo excessivo de bebidas alcoólicas, tabagismo, alimentação rica em produtos ultraprocessados e obesidade. Além disso, a infecção pela bactéria Helicobacter pylori é associada ao desenvolvimento do câncer de estômago. “A prevenção passa por uma alimentação equilibrada, controle do peso, além da eliminação de fatores de risco como álcool e cigarro”, explicou o gastroenterologista (CRM-PR 14.018 RQE 10.703 / 6.365) Dr. Luiz Carlos Bremm.
Segundo o especialista, os sintomas costumam incluir dificuldade para engolir, azia frequente, dor abdominal e perda de peso. "Infelizmente, muitos casos são diagnosticados em estágios avançados, o que reduz as chances de cura", pontuou Dr. Bremm.
Tratamento e Perspectivas
As opções de tratamento variam conforme o estágio da doença e podem incluir cirurgia, quimioterapia e imunoterapia. "Nas fases iniciais, a cirurgia pode ser curativa. Em estágios mais avançados, o tratamento busca melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevida", acrescentou o médico. Embora as taxas de sobrevida global ainda sejam baixas, avanços nas terapias combinadas têm melhorado o prognóstico dos pacientes.
De acordo com Dr. Bremm, o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento. Assim, é essencial que pessoas com fatores de risco realizem exames preventivos e consultem um médico ao surgirem sintomas persistentes.